Num momento difícil de transformação pela qual a nossa sociedade passa, a desconstrução de estereótipos é fundamental para que se pratique de fato a igualdade e a inclusão. Fenômeno arraigado numa cultura paternalista e machista ao mesmo tempo, são extremamente difíceis de combater.
Veja por exemplo a 1a passeata hetero acontecida esse ano na Av. Paulista, ou as ações afirmativas e cotas nas universidades públicas.
Enquanto se entender isso como fim e não meio, a exclusão apenas será oficializada. É preciso abandonar velhos conceitos e abrir espaço ao encontro, ao diálogo, à compreensão e aceitação do diferente.
Nesse contexto, olha o que a Claro celulares fez:
Operadora de celular passa trotes por R$ 0,95
Claro lançou neste mês um novo serviço: o trote. Basta mandar um torpedo para a operadora, ao custo de R$ 0,95, e informar o alvo. A vítima pode ser de telefone móvel ou fixo.
São 25 opções de trotes, cada uma com seu personagem. "Gringo, Gay, Surdo, Argentino, Bíblia e Mecânico" são alguns deles. As pilhérias são todas gravadas. Abusa-se dos estereótipos.
No perfil intitulado "Gay", por exemplo, um homem forçando sotaque nordestino diz: "Desde que eu te vi na academia puxando uns ferros, perdi o ar. Só de pensar fico toda molhada... de suor."
Questionada sobre o caráter politicamente incorreto da brincadeira, a operadora enviou uma nota à *Folha Online. No comunicado, a companhia alega que "não quis desrespeitar a sociedade".
O novo serviço já está sendo oferecido para os usuários da Claro, mas não foi anunciado para a imprensa até agora. "O 'Claro Me Liga' é uma maneira divertida de sair de uma roubada ou de colocar os seus amigos em uma", anuncia a empresa, em seu site.
Originalmente, o "Claro Me Liga" era um serviço para os usuários fingirem receber ligações. Segundo a operadora, o serviço que simulava uma conversa teve 208 mil acessos em cinco meses.
Em tempo, a Claro, após publicação da reportagem da Folha, retirou o serviço do site...
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