segunda-feira, 14 de abril de 2008

Biocombustíveis e liderança brasileira colocados à prova

Uma produção desenfreada dos biocombustíveis pode realmente alterar áreas agrícolas e provocar uma readequação no mercado mundial de alimentos com provável elevação de preços causando prejuízos (sempre) aos países mais pobres.

No entanto, querem fazer parecer que essa prática será a grande responsável pela fome no mundo nas próximas décadas.

Ao invés de criar parâmetros que balizem a produção de energia verde, desqualificam o projeto sem definir exatamente alternativas, uma vez que os biocombustíveis vêem responder a outra pergunta inquietante: poluição ambiental e aquecimento global tem jeito?

Cabe ao Brasil, líder nesse processo, mostrar que é perfeitamente possível ampliar as áreas de plantio para biocombustíveis e ao mesmo tempo preservar as áreas de plantio de alimentos, fazendo com que as duas iniciativas coexistam e frutifiquem.

A preocupação com a possível escassez de alimentos e inflação de preços é justa e deve ser encarada como realmente séria. Classificar as ações como "crimes contra a humanidade" soa forte e perigoso. Na verdade, toda ação que prejudique a forma de vida humana e sua integridade se encaixam nesse rótulo.

Vamos colocar a China e o EUA nesse rol? Afinal, uma polui cada vez mais de forma desenfreada; o outro recusa-se a discutir formas de redução de emissões de gases estufa para não afetar a SUA economia. Cabe o título?

Leia íntegra da matéria publicada no UOL Economia.

Um comentário:

Ana Mesquita disse...

Pois é, Vennê. Tem ainda uma coisa muito pouco falada: O etanol de milho produzido nos Estados Unidos é extremamente ineficiente - precisa uma montanha de milho para produzir um pouco de combustível - e seu custo ambiental tem sido calculado como superior ao do petróleo (sem nem entrar na questão alimentar). Esse NÃO é o caso do etanol brasileiro, produzido da cana-de-açúcar, muito mais viável ambiental e economicamente. Além do quê, o Brasil tem aumentado também a produção de alimentos. Claro, há custo ambiental, mas aí tem aquele problema sobre o qual já escrevi no meu blog... somos uma praga sobre esse planeta! Simplesmente há gente demais!!!