sexta-feira, 20 de julho de 2007

O gesto reprovável do assessor do presidente

Causou mal estar a cena exibida na noite desta quinta-feira (19/07/07), onde o assessor direto da presidência da República é flaglado fazendo um gesto obsceno, como que "dando o troco" ou "comemorando". A atual provável causa do acidente com o Airbus da TAM, uma suposta falha mecânica no reverso de uma das turbinas, e não a irregularidade da pista, pode ser a responsável pelo "encurtamento da pista", conseqüência direta da alta velocidade com que a aeronave tocou o solo.

A mídia em geral, em especial a rede Globo e a Folha de São Paulo, dava a entender em suas reportagens que a responsabilidade do acidente era do governo federal, devido às irregularidades nas obras de reforma da pista principal de Congonhas. Essa opção dos meios de comunicação foi classificada por muitos como tendenciosa, fugindo do jornalismo informativo.

Com a divulgação da falha mecânica e a velocidade alta no toque ao solo, o governo "deu uma respirada". E o assessor do presidente, segundo ele mesmo, expressou através do seu ato a indignação com a postura da imprensa. O fato é que, para uma autoridade, pegou muito mal a maneira que escolheu para demonstrar sua indignação, devidamente filmada por uma câmera da rede globo posicionada estrategicamente do lado de fora do edifício onde se encontrava o assessor, de modo a capturar a cena. E ele teve que gastar parte da sua noite e desta manhã se explicando.
A obscenidade imoral do ato do assessor foi notícia em todos os meios de comunicação. E a captura furtiva de imagens, pelo cinegrafista ligado à rede Globo, deveria ser considerada um ato de patriotismo?

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