terça-feira, 11 de setembro de 2007

Etanol, eta nóis!

Se o Brasil não quer repetir fiascos do passado, precisa cuidar melhor dos seus interesses. A questão do etanol pode realmente colocar o país numa posição de destaque. No entanto, é preciso ter cautela. O Brasil pode se tornar grande exportador de etanol, mas é preciso analisar os custos internos desse projeto tupiniquim para se tornar potência global.
Esse deve ser nosso caminho? Temos preparo para isso? Nosso futuro passa por aí?


11/09/2007 - 11h40
Em artigo para jornal sueco, Lula defende 'carro verde'
Claudia Varejão Wallin De Estocolmo

Em um artigo de meia página publicado com destaque pelo principal jornal financeiro da Suécia, o Dagens Industri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu o apoio dos suecos para a criação de um mercado global de etanol. "Eu gostaria de convidar a Suécia a continuar a apostar no Brasil do futuro. Um futuro que começa com a revolução dos biocombustíveis", escreveu Lula no artigo.O presidente também falou da criação de um carro verde no país. "No Brasil, estamos desenvolvendo uma 'química do álcool' que vai resultar no primeiro 'carro verde', cujas partes plásticas vão ser produzidas a partir do etanol e não do petróleo."Segundo o presidente Lula, para atender à crescente demanda por etanol e criar um mercado global, é preciso desenvolver novos projetos no Brasil e em outros países da América Latina, do Caribe e da África. Lula afirma ainda no artigo que desde 2003 o Brasil reduziu as emissões de dióxido de carbono na atmosfera em 120 milhões de toneladas graças à substituição do consumo de gasolina pelo de etanol.O presidente defendeu também que o programa brasileiro de etanol não representa uma ameaça à produção de alimentos no país. A produção de alimentos no Brasil, ao contrário, aumenta, segundo ele. O presidente Lula disse que o etanol tampouco representa uma ameaça às florestas brasileiras e destaca que o desmatamento na Amazônia foi reduzido à metade através de um controle rigoroso das queimadas.A tecnologia do etanol de celulose, feito a partir de sobras de colheitas, também foi mencionada no texto de Lula e classificada como o próximo passo da revolução dos biocombustíveis.

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