A universidade pública e gratuita é direito da população que, através de uma pesada carga tributária, a mantém. No entanto, o acesso a essa mesma universidade sempre foi restrito à uma minoria, através de um sistema fortemente excludente: o vestibular e a grande concorrência.
Garantir acesso a todos a esse benefício - ou melhor, direito - é dever do estado e das próprias instituições. A criação e implantação de mecanismos diversos, quer pelo aumento do número de vagas, aumento do número de escolas universitárias, melhoria da qualidade do ensino médio público, entre outras é premente.
É inadmissível que a maioria da população sustente o modelo universitário público brasileiro, que em sua maioria tem padrão de excelência, para que uma elite minúsculo usufrua dessa estrtutura.
Universidade pública: mantida por todos e para todos!!
Nesse sentido, ações como a criação de cursinho comunitários, ou implantaçãod e PAS na USP são aplaudidos não como solução dessa enorme dívida social, mas como paliativo, assim como os diversos sistemas de cotas existentes.
O verdadeiro problema a ser atacado continua sendo varrido para debaixo do tapete: a qualidade da Educação como um todo no país.
A USP tem agido muito lentamente nesse sentido. Ainda há ali um reduto da elite, intelectual ou mesmo financeira que prefere manter o povo do lado de fora.
Acompanhamos todas as ações da universidade no sentido de abolir essa postura excludente. A segui a nova ação da USP, nesse sentido.
1/09/2007 - 11h27
USP deve implantar avaliação seriada em 2009
Da redaçãoEm São Paulo
A USP (Universidade de São Paulo) pretende implantar, a partir de 2009, o sistema de avaliação seriada para processo seletivo de graduação -- já adotado por instituições brasileiras, como UnB (Universidade de Brasília) e UFU (Universidade Federal de Uberlândia). O projeto ainda está em fase de estudo pelos professores da pró-reitoria de graduação da USP.
A proposta faz parte do Inclusp -- um programa de inclusão social lançado em 2006 pela instituição -- e pretende incentivar alunos da rede pública a ingressar na faculdade.
No sistema de avaliação seriada, o estudante faz as provas no final de cada ano durante as três séries do ensino médio. As provas não têm conteúdo acumulativo: as questões da primeira etapa são de aulas da primeira série, as do segundo exame exigem conhecimentos da segunda série e a terceira e última etapa abrange o programa da terceira série mais a prova de redação.
Com as notas das três provas, obtém-se a média final que classifica o candidato. "Será formado um grupo de trabalho para definir de qual forma os resultados da avaliação serão utilizados no vestibular", explica a pró-reitora de graduação, Selma Garrido Pimenta.Ação socialO Inclusp é composto de uma série de medidas para a ampliar o acesso e a permanência na universidade de alunos vindos de escolas públicas.
Entre as mudanças está o acréscimo de 3% na pontuação obtida no vestibular da Fuvest para alunos do ensino público, já implantada no exame de 2007. Segundo a pró-reitora, isso garante que o aluno entre na USP por mérito e não por condição socioeconômica, como ocorre no sistema de cotas.
Com a pontuação acrescida, os alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas têm um bônus de 3% aplicado às notas das 1° e 2° fases. Selma explica que 24% dos estudantes da USP atualmente são egressos da rede pública. "A meta a ser alcançada é aumentar esse número para 30% neste ano", disse.De acordo com a pró-reitora, o Inclusp oferecerá ainda cursos de formação continuada para professores do ensino público e dará apoio para cursinhos pré-vestibulares comunitários.
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