segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A história do vestibular

O exame de admissão passou a ser obrigatório por lei a partir de 1911. Naquela época, as faculdades realizavam os testes em duas etapas. A primeira era escrita e dissertativa, e a segunda era oral.
Esse foi o formato usado até meados dos anos 60, quando surgiram as questões de múltipla escolha. O curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) foi o primeiro a utilizar tal sistema. O número de candidatos crescia vertiginosamente fazendo com que surgisse a necessidade de realização de testes processados em computador, facilitando a correção.
Tudo parecia ir bem até que o critério de notas utilizadas passou a ser um problema. Até então, era utilizado o sistema de nota mínima, o que acabou aprovando muito mais gente do que as faculdades comportavam. Os candidatos excedentes organizaram um movimento nacional, “solucionado” pelo governo através da implementação da Lei 5540/68 que passou a instituir o sistema classificatório com corte por nota máxima.


A história do vestibular
1808 - São instituídos os exames preparatórios para os cursos superiores existentes no Brasil, mas o ingresso torna-se privilégio de colégios de elite apenas a partir de 1837.
1911 - Lei cria a obrigatoriedade do exame de admissão.
1915 - As provas passam a ser chamadas de “vestibulares”, de acordo com o decreto n.11530.
1964 - É criada a Fundação Carlos Chagas para seleção dos candidatos a vestibulares em São Paulo. Os exames ganham questões de múltipla escolha, processadas em computadores.
1968 - Estoura o movimento de excedentes, candidatos aprovados com média mínima, porém, sem vagas. Para solucionar o problema é criada a Lei n. 5540 que passa a instituir o sistema classificatório por nota máxima.
1970 - É criada a Comissão Nacional do Vestibular Unificado, para organizar o sistema no país.
1976 - A USP unifica o seu vestibular com a criação da Fuvest. A primeira prova é realizada no ano seguinte, avaliando também candidatos de duas outras instituições estaduais, a Unicamp e a Unesp.
1994 - A Fuvest altera suas provas, ampliando a fase de Conhecimentos Gerais. A primeira fase passa a ser eliminatória.
1996 - Aprovada a Lei de Diretrizes e Bases. O ingresso ao ensino superior passa a ser feito via processo seletivo a critério de cada escola.


Mesmo assim, ainda existiam muito mais candidatos do que vagas em escolas públicas. Para aliviar o problema, o Ministério da Educação autorizou a abertura de um grande número de faculdades privadas. Em 1996, o governo decretou a Lei de Diretrizes e Bases de Educação (confira a Lei na íntegra aqui), no qual estabelece que o sistema federal de ensino compreende as instituições de ensino mantidas pela União, as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada e os órgãos federais de educação. A lei permite que cada entidade escolha o seu próprio sistema de ingresso.
Segundo dados do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em 2007 existem no Brasil 2.141 instituições de ensino superior particulares.




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